Indicações
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O que é obesidade grave?

O termo obesidade grave (obesidade mórbida) é usado para classificar as pessoas com grande excesso de peso, habitualmente por acúmulo de gordura, e que, por essa razão, apresentam elevado risco de doenças (comorbidades) e mortalidade, tendo de 6 a 12 vezes mais chances de morrer do que uma pessoa com o peso adequado.

Os principais riscos associados a obesidade grave são:

Além disso, a pessoa com obesidade grave acaba tendo limitações significativas em sua vida, tendo dificuldades para realizar tarefas consideradas triviais, como andar, correr ou amarrar seus sapatos.

Como saber se tenho obesidade grave e se meu caso é de tratamento cirúrgico?

O método mais usado para determinar se uma pessoa é obesa é calculando seu Índice de Massa Corpórea (IMC), através da seguinte fórmula: IMC = Peso (Kg) / Altura x Altura (m). Caso seu IMC esteja acima de 35 na presença de alguma das comorbidades descritas ou você possua IMC acima 40 (mesmo sem comorbidades), você é portador de obesidade grave.

Calcule seu IMC

Os critérios atuais para indicação do tratamento cirúrgico da obesidade são normatizados pelo Conselho Federal de Medicina:

Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1.942, de 2010

São candidatos ao tratamento cirúrgico da obesidade:

Estes são os critérios ainda utilizados pela maioria das operadoras de saúde para autorização da operação, conforme determinação da ANS (Agência Nacional de Saúde) pela resolução normativa n° 211/2010 e n° 262/2011.

Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 2.131/15, de 2016

Este novo texto altera a resolução anterior, mantém a indicação de cirurgia em pacientes com IMC acima de 40 e aponta mais 21 doenças associadas à obesidade que podem levar a uma indicação da cirurgia em pacientes com IMC entre 35 e 40.

São elas: diabetes, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doenças cardio-vasculares incluindo doença arterial coronariana, infarto do miocárdio (IM), angina, insuficiência cardíaca congestiva (ICC), acidente vascular cerebral, hipertensão e fibrilação atrial, cardiomiopatia dilatada, cor pulmonale e síndrome de hipoventilação, asma grave não controlada, osteoartroses, hérnias discais, refluxo gastro-esofageano com indicação cirúrgica, colecistopatia calculosa, pancreatites agudas de repetição, esteatose hepática, incontinência urinária de esforço na mulher, infertilidade masculina e feminina, disfunção erétil, síndrome dos ovários policísticos, veias varicosas, doenças hemorroidárias, hipertensão intracaraniana idiopática, estigmatização social e depressão.

Parecer do Conselho Federal de Medicina nº 38, de 2017

Reconheceu a Cirurgia Metabólica para o tratamento de pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 com IMC entre 30 e 35, sem resposta ao tratamento clínico convencional, com idade entre 30 e 70 anos, sendo o Bypass Gástrico a cirurgia de escolha para este tratamento e a Gastrectomia Vertical uma alternativa.

Tratamento clínico e pré-operatório

Todas as pessoas portadoras de obesidade grave e que desejam fazer a cirurgia bariátrica já devem ter tentado tratamento clínico previamente (dieta, atividades físicas e/ou medicamentos), entretanto, esse tipo de tratamento tem taxa de sucesso muito baixa.

Quando é determinado que o tratamento clínico obteve resultado insatisfatório e a cirurgia é considerada a próxima alternativa, o paciente deverá passar por uma avaliação pré-operatória com uma equipe multidisciplinar que inclue médico endocrinologista, cardiologista, anestesiologista, nutricionista e psicólogo. Alguns pacientes podem precisar de outros especialistas para auxiliar no preparo pré operatório de forma a reduzir os riscos do procedimento.

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